Yoo pessoal, hoje venho trazendo mais um capítulo da Fanfic do Harry Potter 6 produzida pelo meu camarada, Elton Cortez, espero que gostem ^_^
CAPÍTULO 2
SERIA MESMO SNAPE?
Rony e Hermione estavam abismados, seus olhares beiravam a incredulidade.
-Calma aí, você duelou com o Snape em uma sala, que está praticamente destruída nesse momento? –Ao passo que falava, Harry notava a surpresa e excitação no rosto de Hermione, a amiga estava visivelmente intrigada e passou a pedir vários detalhes do duelo. –Não, não, não... Harry, você tem que se preparar, se vai ter outra detenção, você provavelmente vai ter que duelar com ele de novo e precisa se preparar pra isso, senão Snape vai acabar com você.
-Não estou tão preocupado assim. –Respondeu Harry, que aparentemente já havia assimilado a ideia de duelar. –Quero dizer, ele não vai me matar, não é? Devo é aproveitar a oportunidade para tentar lançar uma boa azaração nele e melhorar minhas habilidades de combate.
Rony, que até o momento não dissera nada, entrou a conversa de maneira inesperada –Então quer dizer que você ganhou um duelo do Snape cara, quem diria- e deu um tapinha nas costas de Harry como se dissesse “bom trabalho”.
Hermione lançou um olhar furioso para os dois, como se eles não se dessem conta da gravidade do que estava acontecendo.
-Harry, em todos esses anos, quantas vezes você viu o Snape realmente rir? –perguntou uma Hermione enrugando a testa.
Harry e Rony se entreolharam, e passaram a assumir um ar de seriedade. Realmente, em todos os seis anos que estivara em Hogwarts, Harry não possuía lembrança de Snape rindo, e em seu duelo com o professor este quase gargalhara. Com isso, algo incrível passou simultaneamente pela cabeça dos três...
-E se Snape estiver dominado por uma maldição Imperius?- Disse Rony que agora estava totalmente interessado na conversa – Quero dizer, poderia ser. Snape não é do tipo de pessoa que seria facilmente surpreendido, mas vai saber...
-Malfoy. – sentenciou Harry, ao que os amigos se entreolharam com a mesma incredulidade de sempre. - Ele poderia muito bem ter lançado a maldição em Snape, para que ele lhe ajude com seja o que for que esteja fazendo...
Hermione olhou para Harry, se esforçando para considerar a teoria do amigo. Rony da mesma forma olhava pra Harry, mas aceitando melhor a possibilidade.
-Temos que investigar isso, -disse Hermione resoluta –aparentemente Snape está bem normal, exceto por esse duelo louco. Pode ser que ele esteja resistindo à maldição. Assim talvez fosse possível quebrá-la, estuporando-o ou algo assim.
Rony, que a essa altura já desistira de argumentar alguma coisa, apenas observava. Argumentar com Harry que Malfoy não era um comensal da morte não os levaria a nada, e ele não tinha ideia do que poderia ser feito em relação ao supostamente amaldiçoado Snape. Já Hermione parecia estar cada vez mais interessada no assunto.
-E se ele tentar te matar Harry, quero dizer, se for mesmo uma maldição Imperius ele bem que poderia tentar.
Harry sentiu seu estomago se revirar violentamente. E se o raio verde que passara por ele fosse mesmo uma maldição da morte, que lutando contra a maldição Snape errara? E se o duelo não era desculpa para em um acidente Harry morrer. E se quando Harry fingiu ter desmaiado no duelo para recuperar a varinha (feito que ele achara ter sido genial, principalmente por ter conseguido convocá-la em silencio) Snape não estava na verdade checando uma oportunidade de matá-lo sem chances de errar? Naturalmente ele não poderia simplesmente desferir uma Avada Kedavra no duelo, se errasse seria como assinar seu passaporte para Azkaban.
-Harry, você vai ter que se preparar, – a voz de Hermione surgira como uma foice cortando os pensamentos de Harry. – talvez até... -Hermione fez uma cara de que não queria dizer – talvez até usar maldições imperdoáveis...
Harry se surpreendeu, mais com o fato de Hermione dizer isso do que com a possibilidade de usar as maldições em si. Harry achava que, se fosse absolutamente necessário, poderia executar a maldição da morte, entretanto, não tinha a menor ideia de como fazer as outras.
Passou em um momento por sua cabeça a voz e o desdém de Bellatrix ao falar que “tem querer usar a maldição Potter, tem que querer causar dor”. E também, a ideia e ser mandado a Azkaban pelo uso de tais feitiços não lhe agradava nem um pouco, embora, se fosse necessário para salvar-lhe a vida, nem mesmo Scrimgeour poderia condená-lo, ou poderia? Mas Harry já estava cansado disso tudo, não agüentava mais falar sobre isso, de ser sempre ele com quem tudo acontecia, e tinha a ligeira impressão que não conseguiria dormir pensando na hipótese de ser assassinado na noite seguinte.
-E se contássemos a alguém? –Sugeriu um Rony, se esforçando para participar com alguma coisa útil, naturalmente em vão – talvez Dumbledore ou McGonagall, eles devem saber o que fazer.
-Não tem sentido fazer isso - disse Harry, já se levantando – Dumbledore não esta na escola e McGonagall provavelmente não teria o que fazer, no máximo cancelar a detenção.
E isso não resolveria o problema? – disse Rony com veemência, como se quisesse parecer mais esperto do que realmente era.
-Lógico que não, simplesmente alertaria quem estivesse amaldiçoando Snape. –disse Hermione – Harry, vamos preparar algo amanhã, vou a biblioteca ver o que podemos fazer e...
Harry já não estava nem ouvindo o que a garota dizia, queria apenas tomar um banho e dormir, para se preparar para o que seria um dia bem difícil. Ao bater na cama, adormecera instantaneamente, diferente do que ele mesmo achou que fosse acontecer.
Em sua mente, pairavam cenas em que Snape o atacava, cenas em que Rony o atacava (pensava ele que devido ao seu monstro interior está cada vez mais decidido a obter Gina), Malfoy o atacava e em uma versão absurdamente louca de tudo, tio Valter o azarava com uma das varinhas vendidas por Fred e Jorge.
O dia amanheceu e os raios de sol já entravam pela janela do dormitório dos garotos. Harry abrira os olhos e estava agora olhando pro nada, pensando que seria de seu dia e na cena linda em que não só Snape, mas até mesmo Valter Dursley empunhava uma varinha contra ele. Deveras, seria aterrorizante se os tios de Harry soubessem usar magia, ou será que eles passariam a entendê-lo melhor? Sua onda de devaneios foi subitamente cortada quando Rony falou com ele.
-E aí cara, já sabe o que fazer quanto ao Snape?- Rony olhava pra Harry como se estivesse esperando-o acordar a horas – Temos que dar um jeito nessa situação. –falou meio sem jeito.
-Sim, temos – falou um Harry semi-acordado arrumando os óculos na cara amassada de quem acaba de acordar– acho que Hermione deve ter alguma ideia, ela sempre pensa em algo.
-Acho incrível que você não esteja assustado, na sua posição eu provavelmente estaria trancado na sala do Dumbledore ou algo assim, ou talvez – sorriu ele com ar de quem tivera uma grande ideia – talvez, eu contaria a Lilá e ela cuidaria de Snape pra mim.
E os dois riram por um bom tempo pensando em situações, umas mais improváveis que as outras, onde uma Lilá Brown usando o gracioso chapéu de leão que Luna usava quando ia torcer pela Grifinória acuava um Snape com aparência de quem nunca vira o poder de uma mulher com raiva.
Harry pegou seu material e desceu com Rony, aparentando não estar assustado. Por outro lado nem mesmo a visão deslumbrante de Gina saindo pelo buraco que a mulher gorda guardava com tanto cuidado, principalmente nos dias atuais, lhe tirou da cabeça a difícil batalha que provavelmente travaria hoje, e suas conseqüências futuras. Afinal, se morresse hoje, as chances que já não eram muitas de tudo correr bem e magicamente ele e Gina se apaixonarem sob a aprovação de “Uon-Uon” desapareceriam por completo. Seus pensamentos estavam a mil enquanto ele sorria e respondia os amigos como se nada estivesse acontecendo.
Harry fora assistir sua aula de transfiguração sem muito animo, não gostaria de recorrer ao seu ‘Estudos Avançados no Preparo de Poções’, pois aparentemente não havia nenhum feitiço que pudesse ser usado em seu duelo, e se houvesse algum, ele não poderia dominá-lo em tão pouco tempo.
Não haviam encontrado Hermione até o momento, a garota sumira o dia todo, e Rony já estava chato de tanto falar “acho que deveríamos procurar a Hermione”. Harry não parecia ele mesmo, seu duelo na noite passada o afetara de tal modo que ele estava um pouco ansioso quanto ao que ocorreria a noite, quanto a como seria, o que ele faria. Era quase como se ele quisesse aquele duelo... Ele estava afastando esse pensamento de sua cabeça com todo o vigor possível, mas aparentemente não estava adiantando.
Depois da aula de feitiços, na qual um Flitwick muito disposto passara um grande trabalho para a próxima aula. Hermione reapareceu no salão principal, como se houvesse estado com Grope o dia todo. Seus cabelos estavam um pouco desarrumados, suas vestes um pouco amassadas, como se estivesse ficado sentada o dia todo em um lugar pouco confortável. A expressão de cansada no rosto da garota era visível até mesmo para quem não a conhecia.
-Sinto muito Harry, mas não achei nada que você pudesse usar. – disse a garota um tanto quanto pesarosa.
-Como assim não achou nada? Você é a Hermione, você sempre acha algo. – um Rony meio que desapontado acabara de se manifestar enquanto abocanhava um enorme pedaço de faisão.
-Acalmem-se, eu já sei o que vou fazer – disse Harry com ar de confiança. – Apenas confiem em mim.
Harry falava bem em tempo de ouvir uma resposta malcriada de Hermione. Os dois amigos ainda não estavam cem por cento devido aos ciúmes com causados pela presença constante de Lilá que parecia querer sugar a alma de Rony assim com a mesma intenção de mais de cem dementadores.
Ao se darem conta do que Harry acabara de dizer, Rony e Hermione se olharam com uma mescla de surpresa e curiosidade. Olharam indagadores para Harry, que com um “vejo vocês depois” se retirou calmamente da mesa.
-Você acha que ele está bem? – perguntou Hermione preocupada.
-Bom, acho que melhor que nós ele está. Quero dizer, se ele sabe o que vai fazer para enfrentar um professor, acredito que melhor que nós ele está. – disse um Rony tentando não demonstrar preocupação para acalmar a amiga.
Por um instante, eles esqueceram que a relação entre eles não estava tão boa, mas com os berros de “Uon-Uon” e uma Lilá Brown decididamente ciumenta vindo em direção deles, Hermione se retirou com um risinho, mas não sem antes dizer “Vai lá, Uon-Uon”. Lilá lançou um olhar tão penetrante a Hermione que até mesmo o basilísco não teria feito melhor.
O dia passou e à hora da detenção já estava chegando, Harry já estava a caminho da sala de Snape, e bateu na porta as nove em ponto.
-Boa noite, professor. –Harry olhava para Snape e o encarava como uma espécie de inimigo a quem precisava ajudar, ele acreditava que Snape fora dominado por uma maldição Imperius e precisaria vencê-lo para trazê-lo de volta.
Diferente da primeira ocasião, quando Harry se deixara levar pelas provocações de Snape, que falara inclusive contra seu pai, dessa vez Harry estava calmo, e fazendo o possível para não odiar mais o professor do que já odiava.
Já era hora, Harry. –Snape disse em tom pouco formal, e como na noite passada, terminara de ajeitar a arena aonde viriam a duelar.
Ao ouvir Snape chamá-lo de Harry o garoto teve certeza que esse não era o mesmo professor Snape dos últimos seis anos. Mas como era possível se na noite passada o seu jeito de passar e suas torturas habituais a ele estavam completamente normais.
-Professor, posso lhe perguntar algo? –perguntou um em um tom que Harry, para quem não os conhecesse, jurava que eram quase amigos.
-O que quer Potter? – perguntou Snape com o tom de superioridade habitual, se inclinando de tal maneira que Harry teve a perfeita visão de seu enorme nariz, atrapalhado apenas por alguns fios de cabelo negro que caíam sobre sua face. Os olhos negros de Snape foram se apertando fixos aos verdes, tal quais foram os de Lílian.
-Professor, se esse duelo for pra ser considerado um treinamento, não existe nenhum tipo de feitiço que seja mais forte do que os outros para que possamos usar, quero dizer, Voldemort não vai me atacar com um feitiço estuporante, e não há relatos de algum feitiço escudo que tenha bloqueado a maldição da morte.
Snape parecia surpreso e ao mesmo tempo desconcertado, não esperava por aquilo, e apressou-se em dizer “não diga esse nome”. Com um sorriso de quem achava que sabia onde o garoto queria chegar, Snape perguntou “então você acha que é capaz de usar as maldições imperdoáveis, Potter?”. Seu sorriso parecia ter ganhado proporções incríveis, como se ele fosse finalmente capaz de torturar o garoto sem ser repreendido por isso.
“Desde que não conte a ninguém, acredito que o uso da maldição cruciatus não vá fazer mal algum, desde que não nos concentremos em causar muita dor. Acredito que tenha se preparado pra isso, nem mesmo você seria tão tolo a ponto de me desafiar desse modo. “Prepare-se Potter”, disse Snape. Sacando a varinha em uma velocidade assustadora e apontando-a para Harry.
Com as varinhas agora apontadas uma contra a outra, o duelo estava para começar, Snape agora parecia estar lutando contra si mesmo, mas Harry achava que isso era por pensar que o professor estava dominado por uma maldição.
Harry não esperou muito dessa vez, e gritando incêndio lançou uma labareda contra Snape. O professor, que estava muito atento, mentalizou um Aqueora Teggo criando assim um muro realmente denso de água, que apagou as chamas de Harry instantaneamente.
A essa altura, os dois não falavam nem se provocavam mais, era apenas uma luta, como de espadas, de feitiços silenciosos, alguns lançados por Harry sendo falados para equilibrar a intensidade dos de Snape. De repente, Harry puxou algumas mesas e cadeiras que estavam na sala, colocando-as entre ele e Snape. Sem muito esforço, Snape explodiu a pequena barreira de Harry, e sem que esperasse por isso, viu um Harry resoluto. Suas feições, que lembravam muito James (Tiago), pareciam agora mais iguais as do pai. Com a varinha apontada para Snape, ele gritou confringo. Para surpresa de Harry, Snape conjurara um grande escudo, aparentemente de prata, entre ele e o garoto. O escudo explodiu, com uma grande labareda de fogo, fazendo um estrondo tão grande que, se não fosse o feitiço da imperturbabilidade lançado por Snape, certamente chamaria a atenção da escola toda.
-Finalmente você fez algo útil, Potter, mas isso termina aqui. – Snape apontara pra Harry com uma expressão de quem iria matar o menino. – Crucio, disse ele com a varinha ainda apontada em direção ao peito de Harry.
A sala, agora toda destruída, ainda possuía algumas mesas e cadeiras inteiras, uma das quais Harry usou para bloquear a maldição. Nem mesmo Harry queria acreditar que estava conseguindo sobreviver àquele duelo, embora ele próprio achasse que o professor, excelente legilimens e oclumente como era não estava lutando no seu melhor.
-Façamos o seguinte Potter, encaremos a maldição cruciatus como se fosse a maldição da morte, assim, quem for acertado por ela perde o duelo.
Harry não esperava por isso, na sua mente, o plano de tentar induzir o professor a utilizar uma maldição era apenas uma ilusão, para ele, mesmo semi-enfeitiçado ou algo assim, Snape jamais usaria uma maldição imperdoável dentro de Hogwarts. Sem muita escolha, Harry gritou de trás da outra mesa que já se interpunha entre ele e o professor “Se é assim que tem que ser...”
Sem motivo aparente, Harry saiu de trás da mesa, e lançou em uma direção totalmente oposta um feitiço estuporante. Snape acertara-lhe as costas quando Harry virou para lançar o feitiço. Impedimenta, Snape lançara Harry a metros de distancia, seu rosto acertou contra uma das mesas em pedaços, causando-lhe um profundo corte no rosto.
-Um simples feitiço para confundir e um bruxo fraco como você perde o duelo, é mesmo ridículo, até hoje não sei o que Dumbledore viu em você. –e erguendo a varinha, disse friamente – CRU...
A varinha saltara da mão de Snape, sem entender muita coisa, Snape fora lançado contra a parede do outro lado da sala. Um elfo doméstico com orelhas que o assemelhavam a um morcego cabeçudo surgira na sala. Ele desarmara Snape, e o lançara para longe.
Enquanto isso, Dobby já havia desfeito o feitiço de Snape, de modo que Harry já estava se levantando. Monstro estava indo em direção a Snape, quando Harry disse “Monstro! Pare, não o ataque mais”.
-Ah sim, agora o pirralho Potter quer que monstro pare. O senhor do monstro amigo de sangues ruins já o fez atacar um bruxo, que vergonha, a se minha senhora visse isso, esses traidores do sangue. - E com uma reverencia que era tão exagerada quanto falsa, quase fez seu nariz trombudo tocar o chão se calou.
-Obrigado Dobby e Monstro. Sabia que podia contar com vocês – disse um Harry que agora limpava as vestes, um pouco molhadas e imundas, da sujeira de restos da sala destruída pela batalha. Dobby o ajudou a levantar-se, sendo ajudado também pelos dedos nodosos de monstro que não demonstrava nada exceto repugnância ao seu senhor.
Quando Harry olhou, Snape havia se levantado, e com a varinha apontada começou a falar com eles enquanto lançava vários feitiços. –Então você ousa usar elfos domésticos em um duelo Potter, realmente, você se parece muito com aquele bruxo ridículo que foi seu pai. Mas ainda assim, você é tão fraco que não conseguiu sequer concluir o duelo, era simples, apenas utilizar a maldição cruciatus. Apenas causar dor a aquele que você sempre odiou.
A primeira coisa que Harry havia feito ao ver Snape de pé foi despachar Dobby e Monstro. De modo que agora ele se defendia sozinho dos feitiços que eram lançados por Snape. Agora mais convencido do que nunca de que Snape estava tomado por uma maldição, Harry se preparou para contra atacar. Os ricochetes de feitiço destruíam cada vez mais a sala, que agora, muito diferente de Hogwarts, se assimilava a como havia ficado o Ministério da Magia na batalha entre a ordem e os comensais que ocorrera meses antes.
Infelizmente para ele, Snape havia reunido alguns destroços e tranfigurado-os em um animal semelhante a um grande rato, bem maior e definitivamente bem mais ameaçador. “Vá”, no que Harry ouviu Snape falar, o estranho animal avançou contra ele. O animal o derrubara, e agora ameaçava veementemente dar-lhe uma dentada que ele sequer queria imaginar como iria doer.
Conjunctivitus, o bicho deu um urro, que indicou claramente que o feitiço funcionara. Sem saber o que, o animal estava atacando violentamente, mas Harry espertamente usou um feitiço que achou que jamais lhe seria útil na vida. Com três toques de varinha no animal, murmurou um Vera Verto, e transformou-o em um cálice de vinho, inofensivo, que aparentava ser a única coisa inteira na sala.
Ao olhar, Harry não vira Snape em lugar nenhum. Até que, de suas costas, ouvira um estupefaça. O jato vermelho jogou Harry ao chão, mas o garoto não soltara a varinha. E ainda que meio sem jeito, apontou para o professor e, mentalizando, agora com mais eficiência, lançou um Impedimenta em Snape. O professor o bloqueou, mas para a surpresa de Harry, ele parecera fazer um esforço descomunal para o bloqueio. Sem perder a concentração, ele lançara outra azaração. Agora sendo pronunciado, o feitiçoTallantalegra deixou Snape tremendo em suas pernas, como se uma corrente elétrica passasse por elas, bambeando-o. Harry nunca vira Snape em posição tão ridícula, exceto em uma aula a três anos atrás, quando Lupin vestira um bicho papão, que havia se transformado no professor, com as roupas da avó de Neville.
Enquanto Snape apontava pra si mesmo e lançava um finite, Harry já mirava outro feitiço. Sem pensar muito nos danos, Harry exclamou novamente “Confringo!”. Snape criou, em velocidade assustadora, uma nova barreira de água. O feitiço de Harry explodiu, afundando um pouco mais o chão que na noite anterior havia começado a ruir devido a um fraco feitiço não verbal lançado por Harry.
Harry estava preparado pra isso, e apontando para a barreira gritou “Partis Temporous”. Imediatamente a barreira de água se abriu, revelando um Snape surpreso e indefeso. Com a varinha apontada pra ele Harry sentenciou Alarte Ascendere.
O antigo mestre das poções subiu, girando, sua varinha, Harry não sabia por que, lhe caíra da não e a água agora inundava o local. O professor caiu, e com o impacto, o chão, que já estava totalmente enfraquecido, rompeu-se com um baque surdo. Snape caiu no andar de baixo, fazendo uma quantidade de barulho significativa. Harry pulou sem se preocupar com a altura, como estava segurando sua varinha, parou antes de se machucar no chão. Ao olhar pro professor caído, Harry sentiu pena do professor que mais odiara em toda sua vida.
Snape abriu os olhos e falou, “é mesmo tão fraco como James (Tiago) era, finalize isso Potter” dessa vez sem rir, seus lábios crispando-se e seus olhos negros tomados pelo reflexo da pouca luminosidade do corredor em que agora estavam. Harry reconheceu na voz de Snape o tom que o professor sempre usara com ele. Não sabia mais o que fazer, aquela situação provavelmente causaria problemas, mas se era mesmo Snape, pedindo isso, provavelmente significava que a maldição poderia ajudá-lo de alguma forma. Harry segurou então a varinha com o máximo de firmeza que pode e, sem confiança alguma, apontou para Snape. Com uma voz trêmula, enunciou “CRUCIO”.
A maldição fez com que Snape se revirasse como uma aranha, mas por não mais que aproximadamente meio segundo. Sem aparente explicação, a maldição de Harry fora cortada e sua varinha lançada ao alto. Harry olhou pra frente bem em tempo de ver um rapaz loiro e alto,com uma expressão de absoluto desprezo e aparência cansada lançar-lhe outro feitiço, que para sua surpresa, foi bloqueado pouco antes de acertá-lo.